Bloquinho das recomendações aleatórias

Antes de ler, verifique cuidadosamente a diferença entre um bloco de Carnaval e um bloco de notas.

Você já teve a experiência de conhecer uma coisa nova — um sabor de pizza que você criou coragem de experimentar; um filme que não parecia grande coisa, mas você se arriscou a assistir; uma música de um artista que você nunca tinha ouvido falar — e gostar tanto que você quer contar pra todo mundo? Não ficar falando sobre isso por horas, afinal é uma coisa que você acabou de conhecer, mas genuinamente torcer para surgir uma oportunidade na conversa de dizer "E falando nisso, não é que esses dias eu fiz uma descoberta maravilhosa?" Infelizmente, nem sempre a oportunidade surge, e nós passamos tempo demais fingindo ser Adultos Sérios e Responsáveis™ para simplesmente jogar isso na conversa do nada.

Mas hoje não! Hoje é terça-feira de Carnaval, e no puro espírito da aleatoriedade e liberdade desse feriado, a equipe da VAL recomenda qualquer coisa aleatória que passe pela cabeça, e abre espaço nos comentários para que você faça o mesmo!

Cartaz do filme The Cat, mostrando uma menina de cabelo comprido e cara assustada com um gato preto no ombro. No lado esquerdo, dois símbolos em chinês que devem ser o título do filme.

R. R. Portela:

The Cat, de 1992, é um filme de Hong Kong com ares de comédia e horror cósmico. Fala sobre um gato alienígena que se junta a um romancista e a uma garota extraterrestre para enfrentarem um alienígena assassino invasor de corpos. Esse filme tem uma das melhores cenas de luta que já vi, em que o gato enfrenta um cachorro e luta usando estratégias. E isso tudo é mais que o suficiente pra você querer assistir.

Imagens dos livros "a roda de deus" e "o criador da morte". As capas são bem coloridas e mostram imagens de cavaleiros medievais e cavalos e essas coisas.

M. P. Neves:

Duologia O Evangelho do Exorcista, de Leonel Caldela. O volume I, A Roda de Deus, é melhor que o volume II, O Criador da Morte, mas ambos são deliciosos ao misturar ficção histórica e horror cósmico em dois volumes enormes com uma escrita bastante afiada.

Imagem do jogo Patapon 2, de fundo roxo, com várias criaturinhas de 1 olho só marchando contra alguns monstros gigantes.

Ana:

O joguinho para PSP Patapon é, ao mesmo tempo, muito simples e infinitamente complexo. Nele você assina um contrato para se tornar a divindade dos Patapons e guiá-los à vitória em suas batalhas. Você faz isso tocando tambores. Uma sequência de batidas para avançar, outra para atacar, outra para defender, e uma para usar poderzinhos. As batidas do tambor se complementam com o fundo da fase de um jeito que eu acho muito agradável de ficar ouvindo, então o jogo é meio que sua própria recompensa. O que é muito útil, porque eu não jogo tão bem assim e tenho que repetir mil vezes a mesma fase antes de entender como não morrer e coletar todos os itens que eu preciso.

Capa do conto Essa festa virou um slaher. A capa é roxo, mais escur em baixo e mais claro em cima. No primeiro plano há um rapaz e uma moça fantasiados e cobertos de sangue. Ele segura um bastão de beisebol, e ela uma faca. No fundo, uma máscara de Ghostface como o do filme Pânico.

Denize:

“Essa festa virou um slasher”, da Marina Feijoo. Na teoria do conto é deixado claro que para um conto ser bom ele não pode ter nada mais do que o necessário, e a história da Marina é exatamente isso. Eu gosto de descrever como perfeita. Os personagens são cativantes, completos, e o enredo é envolvente e absurdo (como todo slasher deve ser). Contando exatamente a história de uma festa que virou um slasher.

Capa do conto Assombrado ponto mind, de fundo escuro com uma silhueta de pessoa no centro. O título fica dentro da silhueta, e atrás há linhas curvas sinuosas num tom arroxeado meio neon.

A. Night:

Próxima parada, Beira-Mar. Cuidado com o vão entre humanos e máquinas. Quando se fala em “Cyberpunk” automaticamente visualizamos cidades com prédios altos revestidos de neon, robôs, implantes cibernéticos e outras tecnologias tão maravilhosas quanto assustadoras, mas em “Assombrado.mind”, de Igor A. N. Silva Couto, vemos que cidades pequenas podem ser tão assustadoras quanto metrópoles. Mas calma, se você acha que se trata de mais um conto para “nerds”, com um protagonista trocando socos e tiros com robôs malvados ou algo óbvio do tipo, não poderia estar mais enganado! Bom, claro que existem socos e tiros, afinal de contas Lorena ainda é uma policial em serviço, mas conforme a história se aprofunda o elemento de terror se intensifica para te dar a certeza de que socos e tiros não vão resolver o caso, muito pelo contrário, o tempo inteiro fica claro que o perigo a ser enfrentado está muito além de resoluções tão banais.

Essas foram nossas recomendações. E você, qual é a experiência nova que você não poderia deixar de nos recomendar? Os comentários ficam abertos, queremos muito ouvir sua opinião.

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