O amor está no ar

Antes de ler, verifique se o amor arde em seu peito.

Banner com um mosaico formado pelas capas dos livros Maldição de amor, a morgadinha dos canaviais, invocação, extrato cósmico e música roubada

Ah, o amor, a paixão… dois sentimentos que mais nos definem como humanos e, desde tempos imemoriais, sempre relevantes na literatura. Aquele calorzinho no peito, as borboletas na barriga, o sorriso bobo. Amar é bom demais, e ler sobre o amor é tão gostoso quanto.

Hoje, nossas VALquírias recomendam alguns romances, dos mais variados tipos: do período do romantismo à literatura LGBTQIAP+ contemporânea, passando pela romantasia e por um inusitado romance hot com monstros.

Capa do livro Música Roubada, de M P Neves. A ilustração da capa mostra um bardo de camisa bufante e chapéu de pena de pavão tocando um alaúde. Ele tem pele marrom clara, um cavanhaque, uma expressão provocativa e uma marca brilhante no peito. Ao lado dele, uma guerreira numa armadura preta coberta de espinhos segurando um mangual. Ela tem a pele muito branca e cabelos loiros muito claros. O cenário é uma caverna, com tons arroxeados, lembrando um geodo de ametista.

Música Roubada — M. P. Neves

Rai:  “Música Roubada” é o livro ideal para quem gosta de fantasia, romance, fantasia com romance, mundos bem-construídos e personagens que gostam/trabalham com música. Some tudo isso a uma escrita imersiva e temos a receita perfeita para uma história memorável.

Lucion (um bardo carismático de caráter duvidoso) e Fedra (treinada desde criança para ser A guerreira ideal) precisam se unir para decifrar uma magia antiga — e, no caminho, compreender mais sobre eles mesmos e sobre seus sentimentos.

Capa do livro Extrato cósmico, de Al Rodges. A capa mostra um close bem próximo de um rapaz deitado na grama com as mãos atrás da cabeça; só metade do corpo dele é visível, e do peito pra cima. Ele usa touca, moletom de capuz vermelho e jaqueta azul, e está de olhos fechados.

Extrato Cósmico — Al’Rodges

Davi: Com uma escrita excelente, temas sérios tratados com sensibilidade e um romance delicado e intenso, “Extrato Cósmico” é um livro que merece todo reconhecimento possível, e foi escrito por um dos autores da minha geração que eu mais admiro. Nessa obra, acompanhamos Rio, um rapaz que sofreu muito e que agora está em uma jornada para se curar e seguir em frente, finalmente se permitindo amar e ser amado. Esse não é um romance que gira somente em torno do romance. O protagonista tem muitas questões pessoais para resolver também, e uma delas é justamente ele não conseguir se abrir para o romance. Por isso, é maravilhoso quando ele consegue. Os diálogos são naturais, e a história é dolorosamente real, com uma narração sincera e muitas vezes poética. Os personagens são complexos e muito bem trabalhados. A leitura é bastante satisfatória, trazendo sentimento de esperança ao mostrar que uma pessoa com histórico pesado pode ter um futuro mais leve; que é possível quebrar os ciclos. Não é confortável, mas é reconfortante.

Capa do livro Invocação, de K. J. Batista. No primeiro plano vê-se uma vela cercada por um rolo de corda cermelha, com detalhes de outros objetos ao redor, como um caderno, uma garrafa e um celular. O fundo é sépia e aparentemente há um retrato na parede mais distante.

Invocação — K. J. Batista

Ícaro: Um monster romance com altos níveis de hot. Esse é o primeiro título da série “Amantes de Eldritch”, que vai ser focada em romances (com bastante sexo) com monstros imaginados por H. P. Lovecraft. Tem críticas bem-humoradas ao Lovecraft (tripudiar desse racista nunca perde a graça), e é interessante como o autor saiu da tendência de imaginar um cenário estrangeiro para focar no Brasil. A história é sobre Katrina, uma estudante universitária da faculdade Miskatonic, que precisa concluir um trabalho para fechar o período. Mas, já que ela estuda artes arcanas, por que não invocar uma entidade para fazer isso para ela? Então Katrina improvisa um ritual de invocação e acaba trazendo Hastur, o Rei de Amarelo. Se isso não bastasse, como parte do acordo para Hastur terminar o trabalho para Katrina, ele quer sexo… e quer ser dominado. Este primeiro título da série é um conto de 55 páginas. Ele se fecha em si mesmo, mas vou usar meus privilégios de leitor beta para dizer que os eventos desse conto terão repercussão em histórias maiores e mais profundas. Por enquanto, vão por mim, dá pra se divertir muito com Katrina e Hastur!

Capa de A morgadinha dos canaciais, de Júlio Dinis. A capa é rosa com ilustrações de flores brancas, e o título e autor em um retângulo de cor clara no centro.

Yuri: Eu realmente pensei em recomendar alguma coisa mais contemporânea e desconstruída e pá, mas tivemos uma conversa muito engraçada no grupo da VAL sobre o significado da palavra “romance”, então resolvi recomendar um exemplar genuíno de romance romântico romântico. “A Morgadinha de zapa dos Canaviais” é um livro completo para quem quer um par de histórias de romance fofas e bem “delícia”, com algumas reviravoltas, mas em geral de fácil digestão. Tem algumas tiradas engraçadas, bons diálogos, uma crítica social light e variedades diversas de homens bundas-moles. Inclusive, agora que estou escrevendo a respeito, fiquei com vontade de reler…

Capa de Maldição de amor, da Bianca Ribeiro. A capa tem fundo branco coberto de folhagens, com uma coroa e uma adaga douradas.

Maldição de amor — Bianca Ribeiro

Mile: Encontrei esse livro por acaso no Kindle Unlimited, e me interessei pela sinopse porque eu amo romantasias com feéricos. Mesmo sendo um livro sem nenhum tratamento editorial (não tem nem ficha), ele me surpreendeu bastante. É uma história leve, fofinha, bem-escrita e com um bom desenvolvimento para o romance. Não é meu livro favorito do gênero, mas achei que merecia estar aqui porque vai agradar quem gosta de ficar com o coração quentinho depois de ler um romance.

O amor pode ter diversas facetas, tantas que ainda dá muito pano para manga para ser discutido e, principalmente, indicado. Em breve, voltaremos com outras indicações do resto da nossa equipe.

E você? Qual a sua história de amor favorita? Deixe nos comentários!

Revisão: Mile Cantuária

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