Prazer, VAL

Antes de ler, verifique a existência de acrônimos.

Então… a gente criou um blog/newsletter literário.

Existe toda uma história de como tivemos a ideia e qual é o nosso propósito, mas vamos presumir que você é uma pessoa ocupada e responder algumas perguntas mais objetivas primeiro:

Qual é o conteúdo da VAL?

Aqui nós falamos sobre livros e histórias. Literatura brasileira do meio independente tem prioridade, mas falamos de toda e qualquer história que conversou com a gente e se tornou algo sobre o que queremos conversar com as pessoas.

Nossos artigos se dividem em algumas categorias:

  • NOSSAS LEITURAS: resenhas escritas pelos membros do projeto ou pessoas convidadas.

  • PARALELOS: resenhas especiais comparando duas (ou mais) obras, às vezes de mídias diferentes.

  • LISTAS TEMÁTICAS: geralmente nossas listas são curtas, porque só escolhemos livros que realmente lemos e dos quais gostamos, e queremos ter espaço para dizer POR QUE gostamos deles. Os temas podem ser qualquer coisa: subgêneros, recortes sociais, vibes, tropos, cor da capa, presença de insetos gigantes, ou qualquer outra coisa em que a colunista tiver interesse.

  • RECOMENDAÇÕES MISTAS: diferente das listas, as recomendações são mistas, tanto na mídia quanto na autoria. Nas listas, uma única colunista faz uma curadoria de livros. Nas recomendações, vários membros da equipe sugerem uma mídia — textual ou não — da qual eles gostaram, às vezes dentro de um tema, às vezes livre.

  • MANIA DE LEITORE: ensaios sobre a experiência da leitura em si: cantinho de leitura, ressaca literária, edições bonitas, reflexões sobre como a mídia influencia nossos hábitos de leitura e muito mais.

  • FORA DAS PÁGINAS: discussões sobre adaptações literárias que existem… ou que poderiam existir.

  • COME TO BRAZIL: nossa seleção de obras estrangeiras menos conhecidas que gostaríamos que fossem publicadas aqui.

  • PARA QUEM ESCREVE: uma coluna onde profissionais da escrita discorrem sobre a criação de histórias e personagens, e algumas percepções sobre o mercado editorial.

  • GIRO LITERÁRIO: Um passeio pelo mundo da literatura contemporânea, entrevistas com escritores nacionais e posts sobre eventos e prêmios literários.

Quando e onde você pode ler a VAL?

Vamos publicar um texto por semana, às terças-feiras. Um dia, se o projeto continuar crescendo, podemos aumentar a frequência. Os textos ficam disponíveis primeiro no site, onde o texto mais recente vai estar no topo, mas você também pode navegar por categoria através das etiquetas com os nomes explicados acima.

No fim do mês, você recebe um e-mail com os títulos e destaques de cada texto, e pode abrir só os que te parecem mais interessantes.

Para receber os e-mails mensais da VAl, inscreva-se:

Também estamos no Instagram e no Bluesky, você pode nos seguir para ver os links das postagens no dia em que saírem, mas recomendamos fortemente inscrever-se com o e-mail para não ser vítima do algoritmo.

E agora que já falamos de negócios, senta aí, vamos passar um café, fazer um chazinho, eu te sirvo um bolo de cenoura e podemos falar sobre como tudo isso começou.

Começou com o blog e newsletter literário da editora estadunidense Tor. Assinando a newsletter deles, você recebe o link para um e-book gratuito todo mês. Geralmente compilados de contos de autories da casa, mas às vezes umas coisas bem populares, como a trilogia completa da Segunda Era de “Mistborn”, ou “Gideon, a nona”. Só que em inglês, né?

Mas além da possibilidade de um e-book gratuito por mês, a Tor manda semanalmente um e-mail recapitulando os posts mais recentes/mais populares do blog deles. É uma equipe enorme, e eles têm clubes do livro relendo favoritos da fantasia e da ficção científica, fazendo ensaios sobre os últimos seriados e filmes geeks, vários contos originais e quase infinitas listas de livros. Além de uma página “cinco livros sobre” com uma lista das listas publicadas até agora: 5 livros com alianças improváveis com fantasmas, 5 livros onde insetos gigantes arruínam o seu dia, 5 livros sobre labirintos, ajudantes sarcásticos, duelos, identidades falsas etc. É sensacional, sério.

Mas essas listas vinham com uma bênção e uma maldição.

A benção: curadoria. Vamos falar a verdade: hoje em dia existe tanta coisa que é difícil saber por onde começar. Dá um medo irracional de gastar nosso tempo já tão limitado em uma coisa pra no fim odiar. Mas, por mais que tentativa e erro seja uma parte natural da vida, a gente pode facilitar o processo quando as recomendações são filtradas por uma boa curadoria. Nem todo mundo tem um amigo que entende perfeitamente o seu humor e o seu gosto, mas assinar uma revista ou acompanhar um colunista literário pode ser quase tão bom quanto. Você descobre que uma colunista escreve textos mais reflexivos e recomenda muitos livros de fantasia baseados em contos de fadas, e talvez essa seja a sua praia e você leia as listas dela já com uma caneta na mão para anotar os títulos das recomendações; e que o outro colunista escreve textos sarcásticos e recomenda livros de ficção científica que nem são mais impressos, e talvez ESSA seja a sua vibe. E assim você conhece coisas novas através de sugestões de pessoas com um gosto literário em que você confia.

A maldição: tá em inglês, né? Não só porque essa é “por acaso” a língua em que os artigos são escritos, mas porque raramente são recomendados livros que não sejam do eixo América do Norte/Inglaterra — mesmo livros razoavelmente famosos que com certeza estão traduzidos para o inglês. E, porque a Tor valoriza narrativas que fogem do padrão, a maioria dos livros recomendados nunca veio e nunca virá para o Brasil.

Então a gente queria criar uma “newsletter tipo a da Tor”: onde os assinantes recebem um e-mail com os links de vários textos e clicam só nos que realmente têm interesse; onde várias pessoas diferentes fazem resenhas e recomendações de livros, e os leitores podem formar um laço com seus colunistas favoritos; e que foque na NOSSA literatura independente.

Chamamos o projeto de “Verifique antes de ler” — VAL, para os íntimos — porque queríamos que fosse um ponto de partida para as pessoas procurando novas leituras, um lugar onde podemos construir expectativas, alinhar vibes, dar alertas relevantes sobre conteúdo. Também decidimos que as pessoas assinantes serão VALkyrias. Pensamos em Valdetes e Valdomiros, mas VALkyrias remete ao episódio de Perna Longa em que eles interpretam uma ópera.

Print de uma episódio de Pernalonga. A imagem mostra um coelho cinza, o Pernalonga, vestido com um capacete com chifres e uma trança loira falsa, um peitoral cujo formato remete a seios e uma saia, imitando uma valquíria. Ele está montado num cavalo branco comicamente grande. O cavalo tem uma coroa de flores ao redor do pescoço, e uma luz como um holofote foca neles.

Por último (inclusive, coragem sua continuar lendo até aqui), vamos conhecer os membros do grupo.

Fotografia de Ana Carorina Dantas, uma mulher branca de cabelo joãozinho, usando óculos retangulares. Ela tem sobrancelhas grossas e uma trança fininha caindo sobre o ombro.

Ana Carolina Dantas, gerente de títulos inventados, editora-chefe e paladina da metonímia, nasceu e se criou em São Paulo. Ela é física nuclear por formação, mas deixou seus planos de dominação mundial para trás para focar na escrita e em projetos menos megalomaníacos como a VAL. Ela escreve histórias de fantasia e ficção científica que focam nos relacionamentos entre pessoas, e atualmente publica na sua newsletter uma história de vampiros. Ana gosta de RPG, assiste One Piece enquanto lava louça e garante que seus três gatos estejam sempre bem alimentados.

Foto de André Ayala um homem branco de cabelo e barba curtos, usando uma regata branca e uma corrente no pescoço. o fundo é um oceano ou lago.

A. Night Ayala, procurador geral de coisas perdidas, nascido em 1991, é um escritor carioca e bissexual com um gosto especial por escrever diversos tipos do fantástico, possuindo o livro “Caçadores: O Crepúsculo do Caçador” publicado pela editora Viseu, além de alguns contos publicados na Revista Literatura Fantástica. Acompanhe-o nas suas redes.

Davi Dallariva é escritor, estudante de Letras e tradutor. Nascido em 1999, no interior de Minas Gerais, já produziu quadrinhos, mas depois se encontrou na escrita em prosa. Gosta de contar histórias mágicas e românticas, principalmente com protagonistas homens bissexuais.

Em 2023, lançou, de forma independente, os livros “Nas Ondas Verdes do Mar” e “O Príncipe e a Pedra do Rio”, além de ter participado da Antologia Vale Fantástico (Editora Fantástica). Foi indicado ao Prêmio Libélula (Cadê LGBT) como Autor Revelação e seu ficou entre as Melhores Fantasias no Prêmio Litera 2023 (ttliterario).

Pode ser encontrado no Instagram @dallalivros.

Foto de Denize Gaspar uma mulher branca de cabelo curto repicado e óculos redondos. Atrás dela há uma mata.

Denize Gaspar, princesa do TDAH, meretriz assexual e poeta gentil, nasceu no interior do RS, então constantemente está querendo se livrar de preconceitos estruturais e esperando alguém começar uma fofoca. Apaixonada por histórias, vive no mundo literário desde sempre e atua como revisora de textos e leitora crítica, além de ser escritora mental (você pode encontrar todos os textos abrindo a cabeça dela). Possuidora dos poderes mágicos: saber o que os outros querem e ser engraçada. Constantemente buscando novas histórias incríveis, seja para ler (preferência para textos escritos por mulheres com foco no público infantojuvenil), assistir (k-dramas e comédias românticas de Natal compõem o catálogo) ou auxiliar alguém a criar (porque melhor que escrever é opinar sobre o texto alheio).

fotografia de rosto de Ícaro de Brito. Ele é um homem negro de rosto redonto com barba e bigode curtos e cabelo encaracolado, está usando uma camiza xadrez vermelha.

Ícaro de Brito, Ícaro de Brito, serial reader, escritor de romance, fantasia e ficção cientifica, violinista amador, marxista-leninista, idealizador do Guia para Estudar Escrita Criativa na Internet e psicólogo nas horas vagas. Nasceu em Contagem (MG) e já foi direto morar em Belo Horizonte (MG), mas mora desde 2007 em Teófilo Otoni (também MG), a Capital Mundial das Pedras Preciosas. Entretanto, Ícaro ainda não teve acesso a nenhuma pedra preciosa. Entretanto, seus planos são maiores: contribuir para a existência de uma Petrobrás dos Livros, com editora e rede de livrarias. Enquanto isso, tem um blog semi-abandonado, uma newsletter para recomendar prompts de escrita Instagram para registrar a existência. Publicou uma faísca em 2020 e outra em 2022 que ganhou adaptação na voz de Aryel Ayres. Entretanto, esta preparando histórias maiores em dois multiversos ficcionais.

Fotografia de rosto da Ju Marques. Ela é uma mulher branca de roto redondo emoldurado por cabelo preto comprido. Ela está sorrindo com o rosto meio de lado, o fundo da imagem contém algumas mesas decoradas com flores.

Julia Marques, doutoranda do destino, aprendiz das artes narrativas proibidas, é uma leitora que, de vez em quando, lembra que o mundo real existe. Escreve histórias com criaturas mágicas, amor e um pouco de drama e, quando sobra tempo, atua como advogada. Paulista, palmeirense e libriana de carteirinha, está sempre ouvindo música e procurando por uma nova história. Autora de “Imperfeito Olhar” (editora Coerência) e “Depois do Fim” (Amazon). Siga o trabalho dela aqui.

Foto de um homem branco de barba curta e bigode olhando direto apra a câmera com a testa franzida.

Luiz Felipe Sá, revisor multidimensional e devorador de constelações, é escritor desde os 16 anos, revisor desde 2018, editor desde 2022, sócio na Agência Polarys, esposo e pai dedicado, colecionador de burnouts e inimigo do capitalismo.

Mile Cantuária, feiticeira do gerúndio, vampira das vírgulas, guardiã da descrição de imagens, é revisora e preparadora de texto. Mile atua há três anos no mercado literário independente e é coeditora-chefe de uma revista digital focada em literatura erótica. Mile Cantuária tem 33 anos, é vegetariana desde a adolescência, é graduada em Engenharia Civil e é uma mulher com deficiência. Na escrita, atividade que exerce apenas por hobby, assina como M. Cantuária e tem alguns contos publicados. Acredita que os gatos são os donos da casa. Seu portfólio, informações de contato, redes sociais e contos publicados podem ser encontrados aqui.

Foto de um homem branco de cabelo batendo um palmo abaixo do ombro, com cavanhaque e óculos.

M. P. Neves, sumo-sacerdote da fantasia sombria, declamador de augúrios matinais, autor da trilogia “A Ruína de Noltora” (Amazon), não acredita em finais felizes e bebe um copão de lágrimas de leitories todo dia de manhã. Quando ninguém está olhando, escreve histórias fofas como “Música Roubada” (Amazon). Os finais ainda são trágicos. Você tembém pode encontrá-lo nas redes.

fotografia da cintura pra cima de Raíssa Gumerato, uma pessoa branca de cabelo castanho escuro curto. Na imagem ela segura um livro de capa preta e olha para o livro em vez da câmera. A blusa dela também é preta de mangas compridas, mas com um corte no ombro.

Rai Gumerato tem uma obsessão nada saudável por coisas sombrias, e desde criança aprendeu a gostar mais das trevas do que da luz. Suas narrativas — que seguem a linha tênue entre Fantasia e Horror — já lhe renderam prêmios na plataforma Scriv.

É autora de Musica Mortis, coletânea com 3 contos sobre uma Morte apaixonada pela música humana. Também teve participações no Clube Planetário e em antologias como o Vale Fantástico vol.2023. É a criadora da newsletter ESPECULAÇÃO.

Você pode encontrá-la em @escritosdrai no Instagram. Seus links estão aqui.

Roberto Campos Pellanda, marechal da fantasia mediterrânea, diplomata das Terras Arrasadas e menestrel das palavras nunca ditas, escreve ficção fantástica e distopias. As marcas registradas de suas histórias são a ênfase na jornada pessoal dos personagens — acima de tudo, são narrativas que falam de pessoas comuns em situações extraordinárias —, bem como a construção de mundos complexos do ponto de vista político, social e religioso. É autor da série de fantasia “Mar Interno”, um universo inspirado nas Repúblicas Marítimas do Mediterrâneo e no Oriente Médio. Também é autor da duologia “Além-mar”. O próximo projeto do autor é uma distopia voltada para o público adulto. Você encontra suas obras aqui.

Foto de Roger Portela, um homem negro de pele clara com cabelo encaracolado até a altura do ombro/queixo, usando uma camisa social de manga curta e uma mochila, olhando para longe da câmera com os olhos semicerrados. O fundo parece ser uma árvore coberta de musgo.

R. R. Portela, turista do Mundo Imaginário, campeão olímpico de contemplação filosófica, herói das criaturas de jardim, morador do RJ, divide seu tempo entre o trabalho, a escrita e ser pai. Escreve uma ficção inspirada na bizarra cidade em que vive, mas sente que nunca vai superá-la. Autor de “Três Danças”, publicado na primeira edição da Escambanáutica, e de “Nas Montanhas, Até Vila do Vento”, publicado na Mafaverna, é apaixonado por fantasia, e você sempre vai encontrá-lo em mundos criados por ele ou por outros. Aqui na Terra, você o encontra ou no Twitter ou em seu blog.

foto de Yuri Cortez, um homem branco de cabelo castanho na altura do ombro, usando óculos de lente retangular e olhando sério para a câmera

Yuri Cortez, alquimista de guaraná e incendiário de Ideias, cresceu em Guaratinguetá, mas se perdeu em São Paulo e ainda não conseguiu escapar. Pra ganhar dinheiro, já plantou batata, usou armadura medieval, deu aula e até se sujeitou a escrever; hoje vive de fazer planilhas, ofícios e telefonemas. Lançou “A Guerra” pela Patuá em 2018, além de ter publicado em outras revistas e sites por aí, mas boa parte do que escreve e compõe está disponível no TalvezBlog e no seu canal no YouTube.

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